terça-feira, 1 de abril de 2008

LITERATURA

HUMANISMO
O homem começa a ver a importância do homem, ainda fundamentado na bíblia.
É o apogeu da cultura provençal (que originou a trovadoresca).

QUANDO
Início do século XV até primeiras décadas do século XVI, quando surge o Renascimento.

CONTEXTO HISTÓRICO
Coincide com o declínio do Sistema Feudal e a ascensão da burguesia e o comércio que, aliás, impulsionaram o movimento.
É também nesse época que o homem, mais confiante, curioso, e dono de um senso mais desenvolvimentista, inicia a expansão ultramarina, tendo Portugal como pioneiro.

POR QUE O NOME?
Por louvar o homem e suas capacidades, mas ainda muito religiosamente. É anterior ao Renascimento que coloca o homem no centro de todas as coisas.

A PRODUÇÃO
Na prosa destacam-se as crônicas de Fernão Lopes, Prosa Doutrinária e as Novelas de Cavalaria.
Na poesia, a Poesia Palaciana.
No teatro, Gil Vicente e o Teatro Vicentino.

IDENTIFICAÇÃO
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Crônicas: incumbido de escrever crônicas, Fernão Lopes descrevia a corte, o rei, as festas, as aldeias, as rebeliões, etc. Narrava os fatos da corte preocupado não apenas com a verdade do conteúdo de suas narrativas, mas também com a beleza da forma.
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Prosa Doutrinária: obras destinadas ao aprendizado de determinadas artes, como montaria.
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Novelas de Cavalaria: novelas de feitos histórico de corajosos cavaleiros.
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Poesia Palaciana: parecida com a trovadoresca, mas sem o acompanhamento musical. Feita para declamar. Tema freqüente: amor cortês, mas menos platônico, mais realista.
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Teatro Vicentino: Gil Vicente é o grande destaque deste período. O Teatro Vicentino é caracterizado pela sátira, que critica o comportamento de todas as camadas sociais. Também eram freqüentes as dramatizações de caráter religioso, nas quais se representavam mistérios cristãos e cenas da vida dos santos. Caracterizava personagens típicos da época, como fidalgo decadente, padre pouco interessado nas coisas religiosas, moça que quer casar, etc.


EXEMPLOS

1)Poesia Palaciana:
Cantiga, partindo-se

Senhora, partem tam tristes / meus olhos por vós, meu bem, / que nunca tam tristes vistes / outros nenhuns por ninguém. //
Tam tristes, tam saudosos, / tam doentes da partida, / tam cansados, tam chorosos, / da morte mais desejosos / cem mil vezes que da vida. / Partem tam tristes os tristes, / tam fora d'esperar bem, / que nunca tam tristes vistes / outro nenhuns por ninguém.

2) Teatro Vicentino - Auto da Barca do Inferno:
A peça inicia-se num porto imaginário, onde se encontram as duas barcas, a Barca do Inferno, cuja tripulação é o Diabo e o seu Companheiro, e a Barca da Glória, tendo como tripulação um anjo na proa. Cada personagem discute com o Diabo e com o Anjo para qual das barcas entrará. No final, só os Quatro Cavaleiros e o Parvo entram na Barca da Glória.


Parvo - - Hou, homens dos breviários,
Rapinastis coelhorum
Et pernis perdigotorum
E mijais nos campanários.



CONFIRA

1)
(FUVEST) Aponte a alternativa correta em relação a Gil Vicente:
a) Compôs peças de caráter sacro e satírico.
b)
Introduziu a lírica trovadoresca em Portugal.

c)
Escreveu a novela Amadis de Gaula
d) Só escreveu peças e português
e) Representa o melhor do teatro clássico português.


2)
(FUVEST-SP) Caracteriza o teatro de Gil Vicente:
a) A revolta contra o cristianismo.
b)
A obra escrita em prosa.

c)
A elaboração requintada dos quadros e cenários apresentados.

d)
A preocupação com o homem e com a religião.

e)
A busca de conceitos universais.


3) A obra de Fernão Lopes tem um caráter:
a) Puramente científico, pelo tratamento documental da matéria histórica;
b)
Essencialmente estético pelo predomínio do elemento ficcional;

c)
Basicamente histórico, pela fidelidade à documentação e pela objetividade da linguagem científica;

d)
Histórico-literário, aproximando-se do moderno romance histórico, pela fusão do real com o imaginário.

e)
Histórico-literário, pela seriedade da pesquisa histórica, pelas qualidades do estilo e pelo tratamento literário, que reveste a narrativa histórica de um tom épico e compõe cenas de grande realismo plástico, além do domínio da técnica dramática de composição.



Resposta: 1)a 2)d 3)e


PRONOMES
Vamos iniciar hoje o estudos dos pronomes. É um assunto que deve ser tratado com bastante cuidado pois são muito recorrentes em provas de vestibular e concursos.
Tendemos a pensar que não são importantes, mas a verdade é que perdemos pontos preciosos em provas por causa desse menosprezo. Portanto, prestemos bastante atenção e não mais erremos esses caros detalhes.


Pronomes são palavras que substituem nomes ou fazem referência a eles.
Hoje estudaremos dois tipos: Tratamento e Possessivo.

Pronomes de Tratamento: usados no tratamento informal, formal, cerimonioso ou de respeito.
você (v.) - familiar
Vossa Senhoria (V. Sª) - comercial
Vossa Excelência (V. Exª) - altas autoridades
Vossa Reverendíssima (V. Revma.) - para sacerdotes e bispos
Vossa Eminência (V. Ema.) - para cardeais
Vossa Majestade (V. M.) - para reis e rainhas
Vossa Majestade Imperial (V. M. I.) - para Imperadores
Vossa Santidade (V. S.) - para Papa
Vossa Alteza (V. A.) - para príncipes
Vossa Magnificência (V. Magª) - para reitores
Senor, Senhora (Sr., Sra.) - de respeito
Senhorita (Srta.) - de respeito

Os pronomes de tratamento sempre concordam com o verbo na terceira pessoa.
Ex: Vossa Senhoria precisa vestir sua roupa.
Entendeu? Na dúvida, substitui o pronome de tratamento por "você".

Agora, atenção: quando se fala diretamente à pessoa, dizemos "Vossa":
"Vossa Majestade tem grande coração. Obrigada."
Mas, quando se fala da pessoa, e não diretamente, dizemos "Sua":
"Sua Majestade vai chegar a qualquer momento."


Pronomes Possessivos: originalmente indicam posse.
São eles: meu, meus, minha, minhas, teu, teus, tua, tuas, seu, seus, sua, suas, nosso, nossos, nossa, nossas, vosso, vossos, vossa, vossas, seu, seus, sua, suas.
Ex: Meu capacete rachou.
Tu que estás plantado aí, move tuas trouxas.

Atenção: algumas vezes os pronomes possessivos podem não exprimir a idéia de posse, mas
sim de respeito, aproximação, intimidade.
Ex: Minha senhora, cuidado para não se machucar.
Parabéns pelos seus trinta anos.



CONFIRA

1)(U-UBERLÂNDIA) Assinale o tratamento dado ao reitor de uma Universidade:
a) Vossa Senhoria
b) Vossa Santidade
c) Vossa Excelência
d) Vossa Magnificência
e) Vossa Paternidade

2) (UF-RJ) Numa das frases, está usado indevidamente um pronome de tratamento. Assinale-a:
a.Os Reitores das Universidades recebem o título de Vossa Magnificência.
b.Sua Excelência, o Senhor Ministro, não compareceu à reunião.
c.Senhor Deputado, peço a Vossa Excelência que conclua a sua oração.
d.Sua Eminência, o Papa Paulo VI, assistiu à solenidade.
e.Procurei o chefe da repartição, mas Sua Senhoria se recusou a ouvir as minhas explicações.

3)(FMU) Suponha que você deseje dirigir-se a personalidades eminentes, cujos títulos são: papa, juiz, cardeal, reitor e coronel. Assinale a alternativa que contém a abreviatura certa da "expressão de tratamento" correspondente ao título enumerado:
a) Papa ............... V. Sª
b) Juiz ................. V. Emª
c) Cardeal ........... V.M.
d) Reitor ............... V. Magª
e) Coronel ............ V. A.

4)(FMU) Assinale a única alternativa em que haja erro no emprego dos pronomes:
a) Vossa Excelência e seus convidados.
b) Mandou-me embora mais cedo.
c) Vou estar consigo amanhã.
d) Vós e vossa família estais convidados para a festa.
e) Deixei-o encarregado da turma.

5)(TRE-SP) V. Excelência ......... fazer o que ......... for possível, para que .......... prestígio se mantenha.
a) deveis - vos - vosso
b) deveis - lhe - seu
c) deveis - lhe - vosso
d) deve - vos - seu
e) deve - lhe - seu

6)(TRE-SP) Quando V. Senhoria .......... que .......... auxilie, bastar chamar-me pelo interfone que está sobre a .......... mesa.
a) desejardes - vos - vossa
b) desejar - o - vossa
c) desejardes - vos - sua
d) desejar - vos - vossa
e) desejar - o - sua



Respostas: 1)d 2)d 3)e 4)d 5)e 6)e